- 05/06/2021
- Mercado Imobiliário
O resultado da influência desta pandemia associado à queda dos juros que hoje se encontra em um nível muito baixo do que se previa no começo do ano e
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A maioria das avaliações ligadas à economia brasileira até começos deste ano projetava uma continuidade do crescimento da construção e do mercado imobiliário em geral, tendo em vista as baixas taxas de juros de crédito imobiliário e as expectativas para o crescimento da economia brasileira em alta. Porém, com o advento da pandemia do coronavírus, os sintomas da instabilidade da crise econômica começaram a ser sentidos nos diversos segmentos de investimentos, acendendo alerta, entre elas, no mercado imobiliário. Este fato se confirma quando analistas deste setor projetavam um crescimento de 2,9% no PIB da construção civil para este ano. Mas, com o advento da pandemia, projetam uma queda de 3,9%, com perspectiva de piora. O resultado da influência desta pandemia associado à queda dos juros que hoje se encontra em um nível muito baixo do que se previa no começo do ano e que ainda pode cair; a queda na renda dos brasileiros em função desta crise, aliado a insegurança financeira, reacendeu no mercado de imóveis um enfrentamento das “renegociações”, bonificações, carência dos contratos, distratos, reavaliação dos locatícios, revisão nos valores de venda e compra dos imóveis, fazendo com que muitas pessoas vendam ou aluguem os seus ativos imobiliários - sejam eles imóveis ou fundos imobiliários - sem pensar muito no preço. Esta tendência se alicerça em pesquisa realizada por profissionais do setor de mercado – Grupo ZAP, revelando que, 7 em cada 10 entrevistados acreditam que os valores para compra de imóveis vão diminuir; ao passo que nos preços de locação, 8 em cada 10. A pesquisa revelou ainda que no mercado de compra, 4 a cada 10 pessoas do setor nominaram que houve aumento na procura para negociar valores, enquanto no setor de locação, foi de 6 a cada 10. Já a pesquisa SECOVI/SP aponta redução de novos contratos para compra e venda de imóveis em 67,5%, e na locação uma redução de 43.7% nos residenciais e 59,5% nos comerciais. Diante desse cenário, acentua-se a necessidade da revisão das relações comerciais e contratuais, tendo em vista o desequilíbrio financeiro que vem atingindo as partes envolvidas nessas relações. E para esta revisão, uma ferramenta comumente usada nos segmentos imobiliários e no Poder Judiciário, trata-se da avaliação do bem imóvel.